D I V A G A N D O

D I V A G A N D O
I N E X O R A V E L M E N T E

sábado, 28 de novembro de 2009

Quem me dera...

Quem me dera...

Poder fotografar teu coração

E desnudar teus anseios e segredos

Descortinar o porque de tantos medos

Desenhar nele o rubro da paixão

Da tua boca quando fala alegremente

Pudesse ler cada palavra que sussurras

Traduziria cada gesto cada esboço

Desvendaria o que se passa em tua mente

No teu sorriso de marfim incandescente

Feito miragem no deserto do meu eu

Qual a abelha a sugar da flor o nécta

Mergulharia nesse teu favo de mel

E nos teus lábios carnudos palpitantes

A inundar meus sentidos mais fulgazes

Qual passarinho que canta enquanto voa

Me sentiria qual tivesse nos ares

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Penso e Repenso


Nela penso e repenso a todo instante

Pouco importa o que esteja fazendo

No silencio ou barulho vou revendo

A lembrança de um amor muito distante

A procuro em todos os espaços

Relembrando que vivi cada momento

Não consigo deletar do pensamento

Quando então a envolvia nos meus braços

Fecho os olhos e mesmo assim a vejo

Não consigo controlar esse desejo

De sentir novamente o seu perfume

De não mais ter motivos prá queixumes

E novamente partilhar os seus abraços

Do perfume ainda lembro a fragância

Que ficou entranhado nos meus poros

Quando em êxtase eu pegava no colo

Ainda viva permanece essa lembrança

Com ela sonho até mesmo acordado

E quando ouço aquela velha canção

Que gostávamos de cantar com emoção

É como se a visse do meu lado

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Vagueio

Recados de Magico E Mistico para Orkut

Meu coração de repente se entristece

Meu multicolorido perde a cor

Quando penso que no quesito amor

O vazio no meu peito permanece

O meu sol tem as cores do outono

O luar tem as cores do inverno

O meu eu interior já não é terno

E as estrelas que cintilam no infinito

Já não têm o colorido tão bonito

Nem mesmo a beleza da aurora

É perene a sensação de abandono

O meu sonho se perdeu no infinito

No compasso do passo dessa vida

Perambulo vagueio sem ter planos

Na memória desde há muitos anos

Admito sinto falta de um abraço

Que não seja como o meu amor primeiro

Que também foi a primeira frustração

Que deixou indeleve desde então

Essa marca talhada no meu peito

Recados de Magico E Mistico para Orkut

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Ah se eu pudesse...


Ah! se eu fosse...

Ser um beija-flor prá pousar de leve

E sugar-te o nécta sentir teu sabor

O vento da manhã prá soprar mansinho

Te beijar a face te fazer carinho

Ah se eu fosse...

Teu sonho sonhado Em alta madrugada

Povoar-te a alma É o que eu mais queria

Da essência mais pura Perfumar teu dia

Ah se eu fosse...

Lá no horizonte um cometa errante

De onde estivesse mesmo que distante

Te envolveria com tanta ternura

Que ao acordares linda e radiante

Plena e majestosa de Felicidade

Contagiaria tal intensidade.

Imagino que teus lábios são...

Da abelha o favo do mais puro mel

Da rosa o botão do orvalho o véu

Da imensidão que se vê no espaço

Se do algodão doce eu ganhasse um pedaço

Eu preferiria teus lábios de mel

miragem

Quando a vejo mesmo ao longe

Meu corpo se aquece qual vulcão

Não sei se isso é amor

Ou se apenas paixão

Só sei que me basta vê-la

Prá olvidar solidão

Imagino se pudesse

Envolve-la num abraço

Seio que me sentiria

Flutuando no espaço

Não sei dizer se é sandice

Ou se alucinação

Só sei que me basta vê-la

Prá aquecer meu coração

Com ela sonho acordado

Qual miragem a vejo sempre

Olhar certeiro qual flecha

Impregnou minha mente

Sei que jamais a terei

Pois sei que enveredei

Por um caminho sem volta

Quando fui abri a porta

Para um sonho inconsequente

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Ébano

Olhos negros qual o ébano

Profundos meigos distantes

Sobrancelhas desenhadas

Cabelos esvoaçantes

Lábios grossos e carnudos

Inspiração dos amantes

Revirei-me do avesso

Quando a vi naquele instante

Quase me faltou o ar

Senti-me a flutuar

Divaguei transpus fronteira

Pois passei a vida inteira

Esperando aquele instante

Mas como diz o ditado

Tudo que é bom dura pouco

De repente acordei

Foi quando conta me dei

Que era apenas um sonho

Um barco à deriva


Quando se perde a capacidade de sonhar

Envereda-se para o outono da vida

Bloquea-se emoções e sentimentos

Fica-se qual barco à deriva em alto mar

Qual folha seca levada ao vento

Qual um pássaro sem rumo a vagar

Desencanto é tormento persistente

Nebulosa insistente a machucar

Forna opaco o que é multicolorido

Deixa a vida um tanto sem sentido

E o único remédio indicado
É tentar conjugar o verbo amar

sábado, 21 de novembro de 2009



O ocaso anuncia o crepúsculo de repente

E de novo a lembrança dela me vem à mente

Abro a janela e deixo entrar o clarão da lua

Além do horizonte numa nuvem a silueta dela

Como a dizer ainda serei tua

Riso frouxo mãos vazias a noite vem

As estrelas borram o céu deixando-o prateado

Fazendo-me senti-la do meu lado

O labor do dia me deixou enfastiado

Talvez por esperar um amor que nunca veio

Sinto o calor ardente dos seus seios

Uma suave brisa vem me deixando extasiado

Quantos e quantas noites já vivi assim

Mesmo estando longe a sinto junto a mim

Esvoaçantes lindas borboletas

Mais uma vez o cenário enfeita

Pousam nos ramos fartos do jardim

A sugar das flores no orvalho o nécta

Divago no aroma forte de um jasmim

Relembro que outra já vivi assim

Envolto em magia delírios e encanto

Emprestado pego da noite o seu manto

E adormeço ébrio de tantas lembranças

Gravado no peito um fio de esperança

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Era qual um anjo

A conheci ainda quase criança

Eu adolescente cheio de esperança

Ela meiga linda doce ao falar

Surgiu então um amor que nunca quis calar

Tinha na voz uma Suva melodia

Seu jeito inocente me conquistava a cada dia

Dos olhos inocentes negros cintilantes

Irradiava ternura eu sentia a todo instante

Tinha um sorriso insolente cativante

Brilhava como fosse um lindo diamante

Seus lábios carnudos cabelos cor de mel

Era qual um anjo descido lá do céu

Sem jeito, inocente, indeciso, inseguro

Sentir nascer no peito aquele amor tão puro

Nem mesmo a distância que nos separou

Arrancou-me do peito a magia desse amor