Descortinar o porque de tantos medos
Desenhar nele o rubro da paixão
Da tua boca quando fala alegremente
Pudesse ler cada palavra que sussurras
Traduziria cada gesto cada esboço
Desvendaria o que se passa em tua mente
No teu sorriso de marfim incandescente
Feito miragem no deserto do meu eu
Qual a abelha a sugar da flor o nécta
Mergulharia nesse teu favo de mel
E nos teus lábios carnudos palpitantes
A inundar meus sentidos mais fulgazes
Qual passarinho que canta enquanto voa
Me sentiria qual tivesse nos ares