sábado, 26 de dezembro de 2009
INESPLICÁVEL MAGIA
Sentimento embriagante
Transforma a vida de quem
O encontra em um instante
Nos jardins dos corações
Das flores é a mais bela
Nos bosques da ilusão
Das árvores a mais singela
Magia inesplicável
No estudo da razão
Um vírus que não tem cura
Quando invade um coração
Qual a fúria de um vulcão
Queima o peito dói na alma
Mas o melhor lenitivo
Se correspondido acalma
Não tem sabor mas parece
Ser fruto de puro mel
Um sentimento tão nobre
Bênçao descida do Céu
sábado, 28 de novembro de 2009
Quem me dera...
Descortinar o porque de tantos medos
Desenhar nele o rubro da paixão
Da tua boca quando fala alegremente
Pudesse ler cada palavra que sussurras
Traduziria cada gesto cada esboço
Desvendaria o que se passa em tua mente
No teu sorriso de marfim incandescente
Feito miragem no deserto do meu eu
Qual a abelha a sugar da flor o nécta
Mergulharia nesse teu favo de mel
E nos teus lábios carnudos palpitantes
A inundar meus sentidos mais fulgazes
Qual passarinho que canta enquanto voa
Me sentiria qual tivesse nos ares
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Penso e Repenso
Quando então a envolvia nos meus braços
Fecho os olhos e mesmo assim a vejo
Não consigo controlar esse desejo
De sentir novamente o seu perfume
De não mais ter motivos prá queixumes
E novamente partilhar os seus abraços
Do perfume ainda lembro a fragância
Que ficou entranhado nos meus poros
Quando em êxtase eu pegava no colo
Ainda viva permanece essa lembrança
Com ela sonho até mesmo acordado
E quando ouço aquela velha canção
Que gostávamos de cantar com emoção
É como se a visse do meu lado
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Vagueio
Meu coração de repente se entristece
Meu multicolorido perde a cor
Quando penso que no quesito amor
O vazio no meu peito permanece
O meu sol tem as cores do outono
O luar tem as cores do inverno
O meu eu interior já não é terno
E as estrelas que cintilam no infinito
Já não têm o colorido tão bonito
Nem mesmo a beleza da aurora
É perene a sensação de abandono
O meu sonho se perdeu no infinito
No compasso do passo dessa vida
Perambulo vagueio sem ter planos
Na memória desde há muitos anos
Admito sinto falta de um abraço
Que não seja como o meu amor primeiro
Que também foi a primeira frustração
Que deixou indeleve desde então
Essa marca talhada no meu peito
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Ah se eu pudesse...
E sugar-te o nécta sentir teu sabor
O vento da manhã prá soprar mansinho
Te beijar a face te fazer carinho
Ah se eu fosse...
Teu sonho sonhado Em alta madrugada
Povoar-te a alma É o que eu mais queria
Da essência mais pura Perfumar teu dia
Ah se eu fosse...
Lá no horizonte um cometa errante
De onde estivesse mesmo que distante
Te envolveria com tanta ternura
Que ao acordares linda e radiante
Plena e majestosa de Felicidade
Contagiaria tal intensidade.
Imagino que teus lábios são...
Da abelha o favo do mais puro mel
Da rosa o botão do orvalho o véu
Da imensidão que se vê no espaço
Se do algodão doce eu ganhasse um pedaço
Eu preferiria teus lábios de mel
miragem
Quando a vejo mesmo ao longe
Meu corpo se aquece qual vulcão
Não sei se isso é amor
Ou se apenas paixão
Só sei que me basta vê-la
Prá olvidar solidão
Imagino se pudesse
Envolve-la num abraço
Seio que me sentiria
Flutuando no espaço
Não sei dizer se é sandice
Ou se alucinação
Só sei que me basta vê-la
Prá aquecer meu coração
Com ela sonho acordado
Qual miragem a vejo sempre
Olhar certeiro qual flecha
Impregnou minha mente
Sei que jamais a terei
Pois sei que enveredei
Por um caminho sem volta
Quando fui abri a porta
Para um sonho inconsequente
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Ébano
Olhos negros qual o ébano
Profundos meigos distantes
Sobrancelhas desenhadas
Cabelos esvoaçantes
Lábios grossos e carnudos
Inspiração dos amantes
Revirei-me do avesso
Quando a vi naquele instante
Quase me faltou o ar
Senti-me a flutuar
Divaguei transpus fronteira
Pois passei a vida inteira
Esperando aquele instante
Mas como diz o ditado
Tudo que é bom dura pouco
De repente acordei
Foi quando conta me dei
Que era apenas um sonho
Um barco à deriva
Envereda-se para o outono da vida
Bloquea-se emoções e sentimentos
sábado, 21 de novembro de 2009
O ocaso anuncia o crepúsculo de repente
E de novo a lembrança dela me vem à mente
Abro a janela e deixo entrar o clarão da lua
Além do horizonte numa nuvem a silueta dela
Como a dizer ainda serei tua
Riso frouxo mãos vazias a noite vem
As estrelas borram o céu deixando-o prateado
Fazendo-me senti-la do meu lado
O labor do dia me deixou enfastiado
Talvez por esperar um amor que nunca veio
Sinto o calor ardente dos seus seios
Uma suave brisa vem me deixando extasiado
Quantos e quantas noites já vivi assim
Mesmo estando longe a sinto junto a mim
Esvoaçantes lindas borboletas
Mais uma vez o cenário enfeita
Pousam nos ramos fartos do jardim
A sugar das flores no orvalho o nécta
Divago no aroma forte de um jasmim
Relembro que outra já vivi assim
Envolto em magia delírios e encanto
Emprestado pego da noite o seu manto
E adormeço ébrio de tantas lembranças
Gravado no peito um fio de esperança
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Era qual um anjo
A conheci ainda quase criança
Eu adolescente cheio de esperança
Ela meiga linda doce ao falar
Surgiu então um amor que nunca quis calar
Tinha na voz uma Suva melodia
Seu jeito inocente me conquistava a cada dia
Dos olhos inocentes negros cintilantes
Irradiava ternura eu sentia a todo instante
Tinha um sorriso insolente cativante
Brilhava como fosse um lindo diamante
Seus lábios carnudos cabelos cor de mel
Era qual um anjo descido lá do céu
Sem jeito, inocente, indeciso, inseguro
Sentir nascer no peito aquele amor tão puro
Nem mesmo a distância que nos separou
Arrancou-me do peito a magia desse amor