Nebulosa noite de setembro
Insistene a chuva fina toca o solo
Rememoro quando a tinha em meu colo
Embriagando-me com o seu doce veneno
E na magia própria dos amantes
Almeijava retardar o amanhecer
Acreditava ser peranes tais instantes
Mas o destino negou o meu querer
Queima o peito qual larvas dum vulcão
Tão fulgaz qual faíscas de trovão
E nas cores de arco-íris que pintei
Qual nas mal-traçadas linhas q'inventei
Uma palavra resume o meu intento
Talvez a que mais sintetiza um lamento:
SOLIDÃO.
Nenhum comentário:
Postar um comentário